A arquitetura do Tierra Atacama Hotel & Spa

Os arquitetos Matias González e Rodrigo Searle projetaram toda a arquitetura do Tierra Atacama Hotel & Spa, localizado no Deserto do Atacama, no Chile.


Os arquitetos Matias González e Rodrigo Searle projetaram toda a arquitetura do Tierra Atacama Hotel & Spa, localizado no Deserto do Atacama, no Chile.

 

 

Num terreno de mais de 53 mil metros quadrados, a construção foi realizada entre os anos de 2007 e 2008 com materiais como pedra, vidro e o pitoresco adobe, que é uma mistura de pedra, barro e palha bastante típica de São Pedro do Atacama.

O projeto foi concebido a partir de quatro condições essenciais. A primeira tem relação com as necessidades estabelecidas pelos proprietários do empreendimento e as potencialidades do destino turístico: um hotel pequeno (32 apartamentos), com turismo de bom nível e um roteiro extraordinário. A segunda tem a ver com o regulamento ambiental, que é uma das condições essenciais para instalação do hotel em um lugar de alto valor histórico e considerado patrimônio arqueológico. A terceira delas era uma dificuldade, que consistia na precariedade dos meios para execução das obras em um lugar tão remoto como o Deserto do Atacama e por fim, simplesmente por ser um terreno abandonado, em pleno oásis ensolarado e terroso.

A propriedade de cinco hectares, a 2 km do povoado de San Pedro de Atacama, abriga também um antigo pátio de touros usado há anos no tráfego de gado. Por esse resquício histórico, o local foi adaptado como acesso ao hotel, sendo que os arquitetos tiveram a preocupação de manter o espaço vazio, proporcionando um silêncio magnífico na chegada. Dali inicia uma rampa de pedras que conduz a uma grande plataforma retangular de 30×180 metros de largura.

Em um dos lados desta chegada, 2/3 da plataforma são ocupados por duas linhas de dormitórios, com uma vista deslumbrante para o grande eixo de todo o projeto: o vulcão Licancabur. O espaço central entre os quartos é fragmentado em sucessivos pátios, com belíssimos jardins de folhagens e flores coloridas. Com paredes em tons claros de nude e um interior silencioso, sem televisão, os apartamento foram pensados para que os hóspedes entrem no clima de calmaria do lugar e relaxem de corpo e alma na imensidão do deserto.

 

Do outro lado da chegada ao hotel, também sobre a plataforma de pedras, foram projetados os ambientes comuns, como lounges, restaurante, recepção e outros cantinhos verdadeiramente aconchegantes, todos rodeados por paredes de vidro para que a bela vista não seja perdida. Mais adiante está o UMA Spa, construído entre cilindros de adobe, com salas para massagens e para outras atividades oferecidas pelo spa, e ainda uma piscina aquecida com espreguiçadeiras dentro d’água e jatos de tubos cromados para relaxar. Destaque também para a piscina externa de fundo infinito, ao lado de uma jacuzzi ao ar livre, proporcionando também belíssima vista para o vulcão.

Os designers utilizaram mobílias e artesanatos locais na decoração interna dos ambientes, a fim de garantir a autenticidade da região e prestigiar os pequenos comerciantes locais. O paisagismo também preserva a vegetação nativa, enfatizando a agricultura com culturas sazonais como o milho, a quinoa, os figos e outras frutas, vegetais e ervas, que são inclusive utilizados no preparo das refeições oferecidas pelo restaurante do hotel.

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